Andava eu já há algum tempo para percorrer a Costa Vicentina, de Lisboa a Sagres, e nada melhor que o fazer de mota, em ritmo de passeio. Sem horários, sem preocupações, aproveitando tudo o que poderia absorver da viagem.
Não foi preciso muita preparação, apenas marcar os pontos mais interessantes que já conhecia da Costa Vicentina e procurar um ou outro que mostrasse ser interessante, já para não falar de alguns locais que já ouvia falar há algum tempo e nunca lá tinha passado.
9h00 | Devido a um pequeno atraso na saída, tive que mudar o plano inicial que incluía a passagem pela Arrábida, seguindo depois em direção a Setúbal pela A2. A ideia inicial seria evitar troços de autoestrada, mas tive que o fazer para recuperar o tempo perdido. Outra coisa que não estava nos planos era só ter ferrie às 10h30.
Mais um atraso que não estava nos planos e poderia não ser a favor do resto da viagem com tantas paragens planeadas. Para motos, o valor no momento deste artigo é de 8,80 € (inclui condutor), e recomenda-se ter um Cartão Viva Viagem se não são obrigados a 0,50 € adicionais.
Eu tentei usar a Via Verde para evitar este custo, mas sem sucesso. Esperemos que o problema tenha sido ultrapassado entretanto. Para não errarem horários como me aconteceu, podem consultar os horários dos Ferryboats para Troia no Atlantic Ferries.
Já na península de Troia, o céu azul era o companheiro ideal para a viagem. Começa realmente a aventura, por estrada nacional, sem transito, sem buzinas, sem semáforos… O vento a bater na cara criava uma sensação de liberdade que não dá para explicar, só sentindo.
A uma velocidade de cruzeiro, este foi o maior troço sem qualquer paragem, com cerca de 1h00m de condução, em estradas de poucas curvas e com diversos tipos de vegetação. Nem parece que demorou tanto tempo e já estava a chegar a Sines, a primeira paragem, sem contar com a passagem pelo ferrie.
Terra natal de Vasco da Gama, não chega a ter 20.000 habitantes embora no verão este número deva aumentar consideravelmente devido à sua proximidade com o mar e as boas praias em redor. Estacionada a mota à entrada do Castelo de Sines, era tempo de esticar as pernas e pegar na câmara fotográfica.
Embora já tivesse estado em Sines, nunca tinha ido até ao Castelo para ter uma ideia da vista, e de facto, vale pela vista já que o Castelo em si, não tem mais que meio hectare apresentado uma planta trapezoidal irregular, reforçado por três torreões. A sua pequena dimensão deve-se ao facto da sua tardia construção com uma povoação já definida.
Na praça de armas, a Oeste, junto aos dois torreões e à porta principal, identificam-se as ruínas do Paço dos Alcaides, onde, segundo a tradição, Vasco da Gama terá nascido.
12h20 | Seguindo viagem, junto ao mar, passando pela Praia de São Torpes, começava a evitar algumas das estradas principais de modo a manter-me o mais próximo do mar possível.
Com uma passagem rápida por Porto Covo, que me faz recordar sempre a música do Rui Veloso, ainda não tinha pensado onde iria parar para almoçar.
Esta zona já me é conhecida pelas várias vezes que lá passei em tempos de verão.
Com a Ilha do Pessegueiro como fundo, encontrei um pequeno restaurante junto à Praia da Ilha (a menos de 1 km depois do parque de campismo da Ilha do Pessegueiro) onde comi umas tostas fantásticas, no Restaurante A Ilha.
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13h30 | Bem reconfortado do almoço, foi aqui que ia cometendo a asneira da viagem. Como forma de “corta-mato” acabei por apontar o GPS por uma estrada de areia, diretamente a Sul do restaurante.
Infelizmente este troço não estava disponível no Street View da Google quando programei o percurso e não verifiquei na altura que não era alcatroado, ou quanto muito, de terra batida.
Arrisquei na mesma, pensando que ainda estava com a BMW GS 650 com pneus mistos, mas rapidamente entrei em stress com a mota a andar de lado e com os pneus a afundarem na fina areia de praia. Com calma, dei meia volta e preferi fazer alguns km’s em sentido inverso, do que arriscar fazer 600 metros em areia fina.
Em menos de 30 minutos chegava a Vila Nova de Milfontes, junto ao barco holandês Klemens, ideal para umas fotos. Já tinha estado várias vezes em Vila Nova de Milfontes, mas não fazia ideia que este barco estava ali tão perto.
Há mais de 20 anos encalhado na Praia do Patacho, terá dado à costa devido à inexperiência dos quatro tripulantes, visto que nenhum possuía as habilitações necessárias para a navegação em alto mar.
Depois de muito se falar e debater, a Delegação Aduaneira de Sines considerou o barco “resíduo sólido urbano” e passou a “batata quente” para a Câmara Municipal de Odemira que referiu posteriormente não ter meios técnicos para remover da praia a embarcação, nem condições para depositar tal resíduo.
O que é certo, é que passado estes anos todos a embarcação lá continua e não parece que seja retirada mesmo. Caso tenham interesse, podem ver a reportagem que a SIC realizou para o programa Abandonados.
15h15 | Continuando em direção a Sul, entrava agora em território desconhecido. Nunca tinha percorrido esta parte da Costa Vicentina, a Sul de Vila Nova de Milfontes. As estradas continuavam convidativas e o calor de Primavera ajudava na viagem. Entre Almograve e a Zambujeira do Mar ficava a próxima paragem, o ponto mais ocidental da costa alentejana, o Cabo Sardão.
Guardado por um farol, na Ponta do Cavaleiro do Cabo Sardão, é um local extraordinário que junta a paisagem terrestre com paisagem marítima da Costa Vicentina. Com grandes escarpas em direção a um mar sereno, bastaram apenas alguns minutos de contemplação para confirmar, uma vez mais, que a costa Portuguesa tem locais fantásticos e que muitos desconhecem.
Ainda há pouco tinha entrada em território desconhecido e já estava deliciado com o que estava a ver. Ligeiramente a Norte do Cabo Sardão, vale a pena visitar a pequena Praia do Cavaleiro, entre escarpas, mas terão que voltar atrás porque não há estrada direta a partir do Farol.
Com uma passagem rápida por Porto das Barcas, o próximo destino era a Zambujeira do Mar, onde se encontram as “melhores praias de Portugal” segundo alguns.
Para mim, Zambujeira do Mar faz-me lembrar sempre o festival MEO Sudoeste, embora nunca tenha ido. Há praias de facto fantásticas, mas não creio que sejam as “melhores de Portugal” como recordo de ver num outdoor à entrada da aldeia.
Esta zona da Costa Vicentina conta com várias falésias e pequenas praias que, fora de época alta, são paraísos usados por poucos. Mesmo em dia de semana o movimento nas ruas é pouco ou nenhum. A principal atividade é sem dúvida o turismo, mas são também relevantes a agricultura, a pecuária e a pesca, albergando um dos quatro portos do concelho.
Nos últimos anos tem crescido bastante o turismo rural, com vários empreendimentos de qualidade em redor da aldeia. Parei a mota no largo junto à Capela de Nossa Senhora do Mar e segui um pouco a pé para Norte, junto às falésias. Não há dúvida, as vistas são fantásticas. O azul do mar contrastava bem com o branco da espuma ao embater nas paredes rochosas de cor escura.
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17h00 | Com pouco mais de 120 km pela frente, mas ainda alguns pontos de paragem, optei por não passar na praia de Odeceixe porque podia ficar apertado de tempo, e acabou por ser uma boa opção. Talvez se tivesse apanhado o ferrie das 9h30 tivesse tido esse tempo extra para fazer esse desvio. Fica para o próximo passeio.
Passando por Aljezur fui em direção à Praia da Amoreira, com uma enorme extensão de areal, onde também se encontra a foz da Ribeira de Aljezur que forma um sistema estuário-lagunar de uma beleza natural e pouco comum noutras praias. É provavelmente uma das praias com maior areal da Costa Vicentina.
Mais a Sul, por uma estrada de asfalto em más condições, a Praia da Arrifana, com um areal que se estende por 500 metros. Na sua extremidade Sul situa-se, dentro de água, uma rocha conhecida como a Pedra da Agulha, devido à sua forma vertical.
Na falésia a Norte, junto às ruínas do antigo forte, a vista é de nos perdermos no horizonte. A praia é muito concorrida durante o Verão, e frequentada por surfistas durante quase todo o ano já que muitos procurar a beleza do local e as ondas para a prática do surf. O sol já baixo não deixa muito tempo para contemplar tal vista, e ainda tinha um ponto de paragem até ao destino final.
Foram apenas mais 30 minutos de viagem para chegar à Praia da Bordeira, também conhecida por Carrapateira. Apesar de a praia ficar mais perto da aldeia da Carrapateira do que da aldeia da Bordeira, foi-lhe dado o nome de praia da Bordeira devido ao facto da ribeira da Bordeira desaguar nessa praia.
Com um longo areal, é muito frequentada por surfistas e pessoas que procuram ficar longe das grandes confusões em época alta. É uma praia que emana tranquilidade e convida a uns mergulhos e a umas férias repousantes. O acesso pedonal é muito fácil através de uma estrutura de madeira. Provavelmente devido às marés de inverno, parte da estrutura estava danificada.
Antes do último ponto da lista que tinha por percorrer pela Costa Vicentina, o Cabo de São Vicente, situado já na freguesia de Sagres, fica apenas a 3 km a norte da Ponta de Sagres. Considerado um lugar sagrado nos tempos Neolíticos, o nome da zona em que se situa recorda o antigo “Promontorium Sacrum” romano.
Os antigos gregos chamavam-no de Ophiussa (Terra das Serpentes), habitado pelos Oestriminis. Os cristãos seguiram a tradição e dedicaram a última zona da terra conhecida a São Vicente, dando também o nome à costa adjacente (Costa Vicentina).
Existem vários locais na Internet (incluindo a Wikipedia) que indicam que este cabo é o local mais ocidental de Portugal e do Continente Europeu, o que está incorreto. O ponto mais ocidental de Portugal, e do Continente Europeu, é o Cabo da Roca, perto de Sintra/Lisboa.
20h20 | Fortaleza de Sagres. Parece que foi tudo muito bem planeado, mas foi pura coincidência.
Cheguei mesmo a tempo de mais um pôr-do-sol. Todos diferentes, todos iguais. Já o calor do dia tinha desaparecido há muito para dar lugar ao vento frio. Mas nem isso me impediu de contemplar este momento. O objetivo tinha sido atingido, e tudo tinha corrido bem.
Percorri quase toda a Costa Vicentina com vários momentos de paragem e contemplação, talvez demais porque fiquei com as orelhas meio doridas de tirar e colocar o capacete! Será certamente uma viagem a repetir, resolvendo os percalços iniciais que me atrasaram em quase 2 horas o início da viagem.
São pouco mais de 300 km de estradas, na sua grande maioria, boas, e sem transito. Despeço-me, tal como me despedi no momento que partilhei esta foto nas redes sociais, com o pôr-do-sol e o Cabo São Vicente no horizonte…
“Não deixem para amanha o que podem fazer hoje, porque amanha pode ser tarde. E sejam felizes!”
Resumindo a viagem, deixo os pontos de paragem (a negro) e de passagem (a itálico).
Esta viagem foi realizada com uma Honda NC750x, e não ultrapassei os 30 euros em gastos (1 depósito de gasolina + passagem de Setúbal para Tróia de ferryboat + almoço leve no restaurante junto à Ilha do Pessegueiro)
Mapa do Percurso e Pontos de Interesse
TOTAL de KMs: 325 km
- Lisboa [ início ]
- Setúbal [ ferry boat ]
- Tróia
- Comporta
- Sines
- Praia de São Torpes
- Porto Covo
- Ilha do Pessegueiro
- Vila Nova de Milfontes
- Praia do Cavaleiro
- Cabo Sardão
- Porto das Barcas
- Zambujeira do Mar
- Odeceixe
- Praia da Amoreira
- Arrifana
- Praia da Bordeira/ Carrapateira
- Farol do Cabo São Vicente
- Sagres [ fim ]
Caso pretendam o ficheiro para GPS, podem fazer download do ficheiro lisboa-sagres-costa-vicentina.zip. (incluí versões GPX, KML, KMZ e TRF), e recomendo o programa (gratuito) TyreToTravel para planeamento das vossas viagens, e conversão para GPS.
19 Responses
Obrigado pelas dicas, serviu para me inspirar para uma volta semelhante 😉
Obrigado João. De facto a Costa Vicentina tem muito por descobrir e as paisagens são espectaculares. Brevemente vou colocar online uma publicação da minha viagem aos Picos da Europa, também em duas rodas 🙂 Boas curvas!
Caro Nuno,
Tive conhecimento deste seu blog através de um amigo enquanto falávamos de uma ida aos picos da europa!
Fiquei fascinado com o enquadramento histórico dos locais de passagem e pela descrição pormenorizada dos trajetos.
Realmente é inspirador e ganhou mais um admirador.
Bem haja pelo excelente trabalho.
Obrigado pelas palavras Martinho Aldeia Nova. Comecei a andar de mota por “necessidade” mas rapidamente se tornou num bom vicio, e os Picos da Europa foram sem dúvida alguma um dos melhores passeios de mota que já tive a felicidade de fazer. As curvas, a paisagem e tudo o que envolve é simplesmente espectacular… pena estar tão longe de Lisboa se não já tinha lá voltado, como espero voltar um dia. No entanto, em Portugal também temos muito para aproveitar e a descida de Lisboa a Sagres pela Costa Vicentina, que foi a minha primeira viagem que realizei sozinho, passei por locais que nunca tinha visitado antes, e que valem bem a pena a visita. Dentro em breve vou adicionar mais duas viagens recentes que realizei, uma no Alto Alentejo e Beira Baixa, e outra em Espanha onde passei por Toledo, Segóvia e Ávila. Fique atento e boas curvas! 🙂
A partilha de informação dada da sua pessoa nota se em contar a sua aventura pela costa vicentina
Mas realmente ao transmitir a sua viagem nota se a informação que partilha dando a referência da mesma para que outros com a sua história possam também recorrer a essa partilha para a poder fazer assim como eu. Irei percorrer de moto
Com os melhores comprimentos
Abraço e boas curvas
Olá Márcio, e obrigado pelo comentário. É um passeio/ viagem muito bonita de se fazer, e brevemente espero voltar a repetir com mais calma pernoitando a meio caminho e aproveitando ainda mais as fantásticas vilas por onde passeio. Boas curvas!
Muito bom post, Deixou-me cheia de vontade de fazer a mesma coisa.
Acha que é possível seguir este mapa com um carro ou não é a melhor ideia?
Olá Marta, obrigado pelo comentário. Sim, este percurso dá perfeitamente para realizar em carro e não precisa ser um todo-o-terreno já que todas as estradas por onde passei são transitáveis por qualquer veículo. Em alguns locais vai apanhar estradas de areia, como na zona de Aljezur junto à praia, mas é mesmo assim. Gostei tanto deste passeio que já estou a planear repetir nos próximos fins de semana. 🙂
Esqueci-me de referir que pode fazer download do ficheiro com o percurso no final do artigo. No ficheiro ZIP encontra várias versões, incluindo uma que pode importar directamente para o Google Maps para ver as indicações do percurso. Qualquer dúvida é só dizer.
Acabei de ver este magnifico blog. Estava a planear conhecer A Costa Vicentina,mas como vivo em Angola o tempo de ferias é sempre curto.Com estas dicas todas vou de certeza desfrutar esta beleza,um abraço e continue assim a partilhar estas maravilhas,o meu obrigado.
Muito obrigado pelas palavras José. Espero ter ajudado com a publicação mas acima de tudo, espero de desfrute muito dos dias que vai passar por cá 🙂 Cumprimentos.
Obrigado Nuno M. mais uma vez pela partilha , com a pesquisa de dicas sobre viagem de mota aos Picos de Europa encontrei este Blog que me agradou logo com as primeiras leituras , e então que a minha lista de viagens a concretizar estão aqui quase todas resumidas .. parabéns pelo bom trabalho , mais um seguidor . Sérgio V.
Obrigado Sérgio pelos comentários. Brevemente conto colocar mais uns quantos passeios (e viagens). Infelizmente as condições climatéricas têm impedido alguns dos passeios que já tenho em mente, mas a ver se a Primavera chega em força para ajudar a isso. Boas curvas!
Boa tarde,
Quanto tempo demorou a sua viagem? Estou a pensar fazer a Costa vicentina agora em Setembro mas de carro e queria ter uma noção de tempo para visitar alguns dos sítios que visitou.
Obrigada por partilhar!
Olá Cláudia, esta viagem durou um dia completo. Saí de Lisboa por volta das 9h00 e cheguei a Sagres por volta das 20h00 com bastantes paragens pelo meio, incluindo um curto passeio a pé para tirar fotografias em Vila Nova de Mil Fontes e na Zambujeira do Mar. Se assim o entender, poderá dividir o percurso em dois ou três dias para aproveitar algumas zonas que não conheça tão bem em vez de seguir directamente para Sagres. Brevemente conto traçar um roteiro de 2 ou 3 dias pela Costa Vicentina baseado neste mesmo percurso 🙂 As estradas por onde passei são transitáveis, tanto para mota como para carro, pelo que não deverá ter qualquer problema em seguir este percurso.
Olà Nuno, boa tarde . Adoramos seu post e é exatamente o q gostaríamos de fazer. Iremos sair de carro em meados de outubro a partir de Lisboa,e pensamos fazer uma parada para pernoitar em alguma cidade. Qual vc aconselha?
Obrigada
Renata e Glaicon
Olá Renata, obrigado pelo comentário. Eu recomendaria Vila Nova de Mil Fontes porque está mais ou menos a meio do percurso e é uma vila com alguma dimensão onde não será difícil encontrar alojamento e bons restaurantes. Qualquer outra localidade como Porto Covo ou Zambujeira do Mar serão também interessantes mas em Outubro poderão alguns estabelecimentos estarem fechados por já não ser época alta. Recomendo ainda visitarem o site Casas Brancas onde poderão encontrar vários alojamentos de turismo rural. Muito brevemente espero colocar informação mais detalhada sobre Vila Nova de Mil Fontes e Porto Covo, é uma questão de ficar atenta ao blog ou subscrever a newsletter para depois receber assim que for publicado 🙂 e bons passeios
Olá Nuno, muito obrigado pela partilha desta experiência. Estou programando essa viagem para final de julho deste ano (2022). Na verdade tenho que ir de Lisboa para Portimão e pensei em fazer este trajeto para aproveitar as paisagens e conhecer esta região. Sei que fica “corrido” fazer em apenas 1 dia, mas é o que tenho disponível. Obrigado pela dica do ferry em Sétubal. Quero pegar o das 8:30 para não chegar muito tarde em Portimão. Vou de Rebel 500, acha tranquilo? E o calor nessa época, é muito grande?
Abraço e boas rotas!
Olá Luciano, peço desculpa pela resposta tardia. Quando fiz este passeio também viajei até Portimão, mas optei por escrever apenas até Sagres que era também o objetivo principal. Em julho é possível que apanhe mais calor, mas não vai deixar de aproveitar o passeio. Eu quando o fiz foi no inicio de junho e num dia de semana o que me ajudou a não apanhar transito algum e em muitos dos locais estava completamente sozinho. Em julho não sei se irá ter a mesma sorte, mas também vai acabar por ver mais “vida” por onde parar. Eu sugerir escolher antecipadamente os locais que gostaria mais de visitar e assim poderá planear com mais tempo e não precisa de andar depressa. Eu andei sempre em ritmo de passeio e parei muitas vezes. Muitas vezes mesmo ao ponto de quando cheguei a Sagres ter as orelhas a doer das vezes que tirei e coloquei o capacete 🙂 Num futuro próximo a minha ideia é fazer o mesmo passeio, mas em dois dias pernoitando a meio e ter assim ainda mais tempo para visitar os locais. Tenho a certeza que não se vai arrepender deste percurso porque é muito agradável com vistas que valem bem a pena. Abraço e boas curvas!