História de Myanmar
Conhecida como Birmânia (Burma) sob o domínio colonial britânico, um nome ainda usado por muitos governos estrangeiros, Myanmar foi povoada por três ondas de migração: pelo povo Hmon que é hoje o Camboja, pelos Mongóis do Leste dos Himalaias, e, finalmente, pelos povos tailandeses do Norte da Tailândia.
O primeiro estado unificado foi fundado em Pagan (agora Bagan) em 1057, mas a capital foi devastada por Kublai Khan em 1287.
Uma sucessão de dinastias surgiu ao longo do rio e Irrawaddy, antes da chegada dos britânicos, conquistando o sul do país em 1852. Após a queda de Mandalay, em 1886, a Birmânia tornou-se uma província da Índia britânica, marcando o início de um conturbado período colonial.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses expulsaram os britânicos da Birmânia, mas a oposição à ocupação japonesa cresceu rapidamente. O general birmanês Aung San liderou uma revolta contra as forças de ocupação, e Myanmar conquistou a sua independência em 1948.
Em 1962 um golpe militar abriu portas para o regime do general Ne Win, que impôs uma ditadura socialista totalitária. Em 1988, após anos de políticas pouco consensuais e isolacionismo, uma revolta popular de estudantes e monges budistas foi brutalmente reprimida, com milhares de mortos. Ne Win renunciou o seu título de oficinal, mas continuou exercendo uma considerável influência no novo Conselho de Restauração da Lei e Ordem do Estado (SLORC).
Diversos movimentos de resistência encontraram em Aung San Suu Kyi uma porta-voz, educada no Ocidente, filha de Aung San, que obteve uma convincente vitória na primeira eleição birmanesa, realizada em 1990, como chefe da Liga Nacional para a Democracia (NLD).
O resultado foi ignorado pela junta e Suu Kyi iniciou um período de 15 anos de perseguição e prisão domiciliária.
Os problemas do país continuaram com a Revolução Açafrão (Saffron Revolution) de 2007, onde o protesto sobre os preços dos combustíveis foram reprimidos, com a morte e prisão de milhares de pessoas. Depois das eleições gerais, que foram boicotadas pelo NLD, Thein Sein foi eleito Presidente de Myanmar, mas o poder real continuou a residir com os militares.
Aung San Suu Kyi foi libertada em 2010 e muitas sanções contra Myanmar foram abandonadas em 2012, mas uma nova onda de violência começou com tumultos contra a minoria muçulmana Rohingya. Novas eleições em Novembro de 2015 foram ganhas pelo NLD, com uma transição para o governo civil a ocorrer em Janeiro de 2016.
Sabias que:
Myanmar é um dos três únicos países que não adotam o sistema métrico?
A medida local de peso é o Peiktha.
O povo birmanês usa uma pasta amarela feita de casca de árvore nos seus rostos como protetor solar?
Com o nome de Thanaka, além da beleza estética, thanaka também proporciona uma sensação refrescante e protege contra as queimaduras solares. Acredita-se ainda que ajuda a remover o acne e a promover a pele lisa. Os ingredientes ativos de thanaka são cumarina e marmesina.
Embora Myanmar seja maioritariamente budista, os habitantes locais também veneram espíritos animistas conhecidos como “nats”, que acreditam residir no Monte Popa.
Língua em Myanmar
A língua oficial em Myanmar é o birmanês, mas também há muitos outros dialetos e idiomas. O inglês é falado nos círculos de negócios e nas áreas mais turísticas, embora algumas palavras em birmanês sejam apreciadas.
Mesmo em alguns hotéis tivemos alguma dificuldade porque nem todos conseguem falar minimamente inglês, ou quando falam, não é de todo percetível o que pretendem dizer.
Cultura em Myanmar
Religião em Myanmar
Cerca de 89% da população é Budista Teravada. Os restantes são Hindus, Muçulmanos, Cristãos e Animistas.
Muitos budistas também possuem algumas crenças animistas, incluindo a adoração de nats (espíritos) que são racionalizados como sendo discípulos do Buda.
Convenções Sociais em Myanmar
O cumprimentar com um aperto de mão é a forma normal de saudação, mas apenas com a mão direita; a mão esquerda está associada à higiene pessoal.
São usados normalmente os nomes completos, precedidos por U (pronunciado oo) no caso do nome de um homem mais velho ou mais respeitado, Aung para homens mais jovens e Ko para homens adultos; o nome de uma mulher é precedido por Daw. Não há nomes de família herdados.
Cortesia e respeito pela tradição e religião são esperados ao visitar o país, por exemplo, os sapatos e as meias deverão ser removidos antes de entrar em qualquer espaço religioso e é costume também tirar os sapatos ao entrar numa casa tradicional (hoje em dia nas habitações mais modernas é provável que não aconteça, ou então apenas ao entrar para os quartos).
Ao sentar, evite apontar os pés em direção das pessoas ou na direção das imagens de Buda, pois é considerado ofensivo.
Os vestidos devem ser modestos, evitando decotes, saias curtas ou ombros a descoberto nas mulheres, e nos homens em alguns locais não é permitido calções com corte acima dos joelhos.