Segóvia, do Aqueduto Romano ao Alcázar

A cidade espanhola Segóvia foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1985 e é conhecida pelo famoso Aqueduto Romano, mas também fazem parte da paisagem desta cidade a sua Catedral e o Alcáçer.
Um dia em Segóvia | Espanha

Segóvia, cidade espanhola a menos de 100 km a norte de Madrid, foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO a 6 de Dezembro de 1985 e é conhecida pelo famoso Aqueduto Romano, mas também fazem parte da paisagem desta cidade a sua Catedral e o Alcácer.

Depois de ser uma cidade importante em questões militares, sob o Império Romano, Segóvia viveu o seu apogeu durante a Idade Média tornando-se numa das residências favoritas dos reis de Castela. Nesse tempo, foram construídos inúmeros edifícios romanos que ainda hoje existem.

 

Aqueduto Romano (Acueducto de Segovia)

A porta de entrada para o centro histórico de Segóvia é o Aqueduto Romano, na Plaza del Azoguejo. Este monumento, construído sob o Império Romano, transportava água para a cidade de uma distância de 15 km.

Com 167 arcos e 29 metros de altura no seu ponto mais alto, os mesmos são apoiados por um conjunto de pedras da Serra de Guadarrama sem recorrer a argamassa ou chumbo.

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Aqueduto de Segóvia no Google Maps (Acueducto de Segovia)
Localização: 40.94799, -4.11779

Existe uma rota oculta do aqueduto, de nome “Canal Madre”, que não é de conhecimento geral e, para sensibilizar para esta secção subterrânea do aqueduto, foi elaborado um itinerário com vários edifícios patrimoniais pelo caminho.

Vinte e quatro placas de bronze, de dimensões 10×15 cm, foram inseridas no pavimento coincidindo exatamente com o canal e que o guiarão numa curiosa rota, convidando-o a descobrir este monumento impressionante que remonta a mais de 2000 anos.

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Este itinerário começa pouco depois do Miradouro do Aqueduto, na Plaza del Seminario, que é onde termina o trecho do aqueduto visível e começa a secção subterrânea. A rota atravessa várias ruas e locais marcantes como a Plaza Mayor e a Catedral de Segóvia, terminando depois no Alcácer pelo que recomendo vivamente cruzarem a cidade seguindo este percurso.

A sinalização deste percurso é o resultado de várias medidas arqueológicas preventivas relacionadas com a renovação de várias infraestruturas desde o ano de 2002 até aos dias de hoje.

Percorrendo as ruas estreitas da cidade, quando chegamos à Plaza del Dr Laguna (ponto 7 no mapa), deparamo-nos com uma torre que pode muito facilmente ser confundida com a Torre de Lozoya (Torreón de Lozoya), no entanto esta fica numa rua paralela junto à Igreja San Martín.

Esta torre junto à praça pertence à Delegação da Economia e Finanças enquanto a Torre de Lozoya é uma torre defensiva construída no início do século XIV para servir de fortificação por causa das diferentes fações nobres que coabitavam até então.

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Ao descer já em direção à Plaza Mayor, na Calle Cronista Lecea, convidativa a uma bebida ao final de tarde, tendo em conta os muitos cafés e bares que por ali existem, a Catedral espreita ao longe como um monumento majestoso que não passa despercebido.

 

Praça Principal (Plaza Mayor)

Já com uma visão sobre a Catedral, a Plaza Mayor é talvez o maior ponto de encontro na cidade de Segóvia com várias esplanadas a convidar a uma bebida ou simplesmente a uma conversa num dos muitos bancos espalhados pela praça.

O edifício mais emblemático da praça é o da Câmara Municipal, construído em 1610 e projetado pelo arquiteto Pedro de Brizuela, que também participou na construção da Catedral de Segóvia.

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Esta praça, delimitada pelo Teatro Juan Bravo de um lado, a Catedral de outro, a Câmara Municipal a meio e com vários hotéis e restaurantes a fecharem o espaço, foi outrora lugar da Igreja de San Miguel onde Isabella foi proclamada rainha de Castela. A 26 de Fevereiro de 1532 o telhado da Igreja abateu enquanto se realizava uma cerimónia religiosa mas aparentemente apenas com um ferido a registar.

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Na praça vai ainda encontrar um coreto, projetado em 1896, dentro da tipologia da arquitetura de ferro criado pelo arquiteto Joaquín Odriozola. A praça é ainda palco dos mais variados eventos tais como o mercado de quinta-feira, onde se vendem todos os tipos de carnes, frutas, legumes, aves, calçados, roupas, etc.), procissões, comemorações de eventos históricos ou até mesmo touradas.

Nas ruas adjacentes vai encontrar também todo o tipo de lojas que cobriam as necessidades básicas do povo de Segóvia tais como tabernas, pousadas, barbearias, alfaiates, mercearias, peixarias, padarias, entre outras.

Praça Principal no Google Maps (Plaza Mayor)
Localização: 40.95041, -4.12418

 

Catedral de Segóvia (Catedral de Santa María de Segovia)

A Catedral de Segóvia, conhecida como a “Dama das Catedrais” pelo seu tamanho e beleza, foi construída entre 1525 e 1577, de estilo maioritariamente gótico mas também com algumas características renascentistas.

Esta foi sem dúvida uma das últimas catedrais a ser construída, em Espanha e na Europa, que usou o estilo gótico quando a grande maioria já optava pelo estilo renascentista.

A antiga Catedral estava localizada muito próxima do Alcácer mas foi destruída em 1521 durante a Guerra das Comunidades. Já em ruínas, e com receio de novos ataques, partes do que ainda restava da Catedral foram transferidas para o local onde está hoje a Catedral, como o claustro, dando início à construção da atual Catedral de acordo com os planos de Juan Gil de Hontañón.

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Este majestoso monumento conta com três abóbadas altas e um deambulatório. Com janelas em rendilhado fino e várias janelas com vitrais, o interior é caracterizado pelo estilo gótico tardio, à exceção da abóbada, construída por volta de 1630 por Pedro de Brizuela.

A abóbada, em estilo gótico, conta com 33 metros de altura, 50 metros de largura e 105 metros de comprimento e a torre do sino conta com quase 90 metros de altura tendo sido um dos mais altos edifícios da época. A atual torre de pedra, com data de 1614, foi erguida após um grande incêndio causado por uma tempestade.

Com 18 capelas no seu interior, as mais proeminentes são a do Santíssimo Sacramento, a Capela de San Andrés, a Capela da Piedade e a Capela da Deposição.

Entrada: 3,0 €
Grupos (mínimo 20 pessoas): 2,0 €
Locais e menores de 14 anos: Grátis
Visita guiada à torre: 5,0 €
Visita guiada à Torre e Catedral: 7,0 €
Domingos (9.30 às 13.15): Entrada gratuita na Catedral (Museu e Claustro encerrados)

Catedral de Segóvia no Google Maps
Localização:
40.9501, -4.12533

Deixando agora a Catedral para trás e acompanhando ainda o aqueduto subterrâneo em direção ao Alcácer, nas ruas de empedrado vai cruzar-se com inúmeras lojas de recordações e produtos locais.

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Igreja de San Andrés (Iglesia de San Andrés)

Antes de chegar ao Alcácer vai passar ainda pela Igreja de San Andrés, ao lado do jardim e Plaza de la Merced.

É uma igreja simples mas interessante que aparece por entre as árvores da praça e força a uma paragem para contemplação. A sua torre de tijolos será provavelmente a primeira coisa que o fará desviar o olhar da sua caminhada.

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De estilo romântico, conta com uma abóbada semicircular, com duas colunas, que formam três painéis, cada um com uma grande janela no centro. A capela está desviada relativamente ao eixo da nave, o que é interpretado como um símbolo da inclinação da cabeça de Cristo na cruz.

Igreja de San Andrés no Google Maps (Iglesia de San Andrés)
Localização: 40.95145, -4.12794

 

Alcácer de Segóvia (Alcázar de Segovia)

Poucos metros mais à frente entramos nas imediações do Alcácer de Segóvia, palácio fortificado e erguido em posição dominante sobre um penhasco rochoso na confluência dos rios Eresma e Clamores, muito próximo das montanhas de Guadarrama e é um dos mais distintos palácios em Espanha devido à sua forma (como a proa de um navio).

No seu exterior vai cruzar um enorme jardim e a entrada para o palácio faz-se através de uma ponte levadiça devido ao enorme fosso que o separa.

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Dos jardins do Alcácer é também possível ter uma bonita visão da Igreja de Vera Cruz, ao longe. No entanto, esta fará parte do percurso mais à frente, mas isso não impede de a ver de outro ângulo.

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O Alcácer de Segóvia é um palácio que, pela sua peculiar silhueta, capta a admiração de todos os que o contemplam. A sua existência foi documentada desde o inicio do século XII tendo sido convertido numa das moradas favoritas dos reis de Castela durante a Idade Média.

A ascensão ao trono da monarquia Trastámara foi, para o Alcácer de Segóvia, um novo impulso em todas as áreas: arquitetura, institucional, política e simbólica. Com a referida monarquia, o Alcácer tornou-se um verdadeiro palácio e dele partiu Isabel “la Católica” a 13 de Dezembro de 1474 para ser proclamada Rainha de Castela na Plaza Mayor de Segóvia.

Após a instalação da Corte em Madrid, o Alcácer perdeu a sua condição de residência real, passando a ser uma prisão estatal durante mais de dois séculos. Em 1762, o rei Carlos III fundou a Real Escola de Artilharia, a qual se instalou no Alcácer até que no dia 6 de Março do ano 1862 um enorme incêndio destruiu os telhados e estragou a estrutura. A restauração começou em 1882 e no ano 1896 concluíram-se os trabalhos. Nessa data o rei Alfonso XIII, e no seu nome a Rainha Regente Maria Cristina, entregou o Alcácer ao Ministério da Guerra com aplicação exclusiva ao Corpo de Artilharia.

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A visita ao palácio, que inclui também a visita ao Museu de Artilharia, tem um valor de 5,50 €.

Como opção, pode ainda optar pela visita à Torre de Juan II, por 2,50 €, onde vai poder desfrutar de uma vista inigualável de Segóvia e todo o seu centro histórico, declarado Património da Humanidade. A visita à torre é de acesso restrito uma vez que é feito através de uma escada em espiral com 152 degraus. Pode ser cansativo, principalmente em dias de muito calor, mas a vista vale mesmo a pena (não recomendado a pessoas com claustrofobia).

Existe ainda a possibilidade de ter um Audioguia para o ajudar a descobrir o Alcácer (disponível em português) por 3,0 € ou optar por visitas guiadas, mas estas apenas em espanhol.

A compra dos ingressos é realizada no edifício lateral onde também existe um café/restaurante.

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A planta do palácio é muito irregular, adaptando-se à elevação sobre a qual o conjunto se ergue.

A torre de menagem, quadrada com quatro torreões, aposento recoberto por uma abóbada de canhão com janelas geminadas, foi construída a pedido de Juan II de Castela e inicialmente serviu como sala de armas.

(1.) A Sala del Palacio Viejo (Sala do Paço Velho), também é conhecida como Sala de Ajimeces por causa das janelas romanas geminadas que deram luz ao Palácio original, antes de ser anexada a Sala de la Galera (Sala da Galeria). A decoração é mudéjar, datada da época de Alfonso X.

(2.) A Sala de la Chimenea (Sala da Lareira) fez parte da restruturação do Alcácer na época de Philip II e encontra-se decorada com mobiliário do século XVI.

(3.) A Sala del Solio (Sala do Trono), construída durante o reinado da Dinastia de Trastâmara, abriga o trono encomendado para a visita de Alfonso XIII e da Rainha Vitória Eugenia, por ocasião do centenário de 2 de Maio de 1808.

(4.) A Sala de la Galera (Sala da Galeria) recebeu o seu nome devido ao teto em forma de casco de barco invertido. A sala foi mandada construir pela rainha Catalina de Lancaster em 1412, ainda quando o seu filho Juan II era menor de idade.

(5.) A Sala de las Piñas (Sala das Pinhas), construída por ordem de Juan II, deve o seu nome a uma peculiar decoração de 392 esculturas, no teto, que se assemelham a pinhas.

(6.) Na Cámara Regia (Quarto Real), as portas em estilo neomudéjar são réplicas das localizadas no palácio de Enrique IV, perto da Igreja de San Martín, também em Segóvia.

(7.) A Sala de Reyes (Quarto dos Reis), é decorada com um friso que retrata os monarcas das Astúrias, Castela e Leão. A disposição atual foi projetada seguindo as instruções de Philip II.

(8.) A Sala del Cordón (Sala do Cordão) recebeu o seu nome pelo cordão franciscano que enfeita as suas paredes e que, segundo a lenda, foi colocado por ordem de Alfonso X “el Sabio”, como sinal de penitência pelo seu excessivo orgulho.

(9.) Na Capela foi celebrada a missa da velada do casamento de Philip II com Ana de Áustria. É possível encontrar ainda o quadro de Adoração dos Reis Magos de Bartolomeu Carducho (1600), que foi salvo do incêndio de 1862.

(10.) A Sala de Armas, situada por baixo da Torre de Menagem, detém uma coleção de armas de diferentes épocas.

(11.) Os salões do Museu da Escola de Artilharia Real retratam o período em que o Alcácer foi sede desta instituição.

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Caso opte também por visitar a Torre de Juan II, vai ter oportunidade de ter uma vista privilegiada de toda a zona antiga da cidade com a Catedral ao fundo. São 152 degraus numa escada em espiral, em que mal cabem duas pessoas, mas se tiver tempo, recomendo também esta rápida visita à torre.

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CONTACTOS
Morada: Plaza de la Reina Victoria Eugenia, s/n. 40003. Segovia
Telefone: +34 921 460 759 / +34 921 460 452
Website: www.alcazardesegovia.com
Email: patronato@alcazardesegovia.com / reservas@alcazardesegovia.com

HORÁRIO AO PÚBLICO
Verão (Abril a Setembro), das 10h às 19h
Inverno (Outubro a Março), das 10 às 18h

Alcácer de Segóvia no Google Maps (Alcázar de Segovia)
Localização: 40.95257, -4.13253

Terminada a visita ao Alcácer, e embora exista muito mais para ver em Segóvia, recomendo pelo menos uma rápida passagem pelo Miradouro la Pradera de San Marcos, com uma vista fantástica para o Alcácer, de um ponto mais baixo. A menos de 1 minuto de distância está também a Igreja de Vera Cruz, já vista ao longe da varanda dos jardins do Alcácer.

Esta volta pode ser feita pela Calle Cuesta de los Hoyos, onde terá ainda uma visão lateral do Palácio, ou pelo Paseo Santo Domingo de Guzmán.

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Igreja de Vera Cruz (Iglesia de Vera Cruz)

A Igreja de Vera Cruz, anteriormente chamada de Santo Sepulcro, é uma igreja católica perto do Convento de San Juan de la Cruz na encosta que sobe para Zamarramala. Com uma nave com planta dodecagonal (12 lados), circunda um pequeno templo ao qual se adicionou duas abóbadas e uma torre. É um dos templos melhor preservados deste estilo na Europa.

O templo foi dedicado, em 13 de Setembro de 1208, como atesta a lápide que fica em frente à porta lateral do templo, aos seus fundadores.

“Os fundadores deste templo são colocados no exército celestial e aqueles que os acompanham foram perdidos nele. Dedicação da Igreja do Santo Sepulcro. Nos Idos de Abril de 1246.” (transcrito do latim original).

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Igreja de Vera Cruz no Google Maps (Iglesia de la Vera Cruz)
Localização: 40.9558, -4.1323

 

Miradouro la Pradera de San Marcos

A vista deste miradouro é simplesmente fantástica e parece saída de um filme. Ao longe e no alto do penhasco rochoso, o Alcácer de Segóvia em todo o seu esplendor.

A melhor altura para fotografar esta magnifica obra de arquitetura é durante a manha, quando incide mais luz, ou ao inicio da tarde já que ao final do dia o sol passa para o outro lado deixando o lado visível com sombra.

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Miradouro la Pradera de San Marcos no Google Maps (Mirador de la Pradera de San Marcos)
Localização: 40.95413, -4.1336

 

Outros locais a não perder em Segóvia

7. Bairro Judeu no Google Maps (La Juderia)
Localização: 40.94985, -4.12612

8. Praça de Medina del Campo no Google Maps (Plaza de Medina del Campo)
Localização: 40.9487, -4.12158

9. Torre de Lozoya no Google Maps (Torreón de Lozoya)
Localização: 40.94874, -4.12129

10. Igreja de San Martín no Google Maps (Iglesia de San Martín)
Localização: 
40.9489695,-4.1217921

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Nuno Madeira
Nascido em Junho de 1979, vive e cresceu em Lisboa, a cidade dos seus sonhos, recantos e paixões. A primeira grande viagem aconteceu em 2004, à Escócia, e desde aí a vontade de visitar e conhecer outros lugares, outras pessoas e costumes tem vindo a aumentar.

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